Em Roma foi
glorificada no Campo Marzio, com um monumento que representa um testemunho
significativo da arte do seu tempo(10),
como intente simbologia da paz e prosperidade registada como resultado da Pax
Augusta.
Reconstituição Ara Pacis |
Constituída
por um recinto quase quadrado – (m. 11,65X10,62X3,68) – é elevado em um pódio,
onde há duas portas em cada lado menor, de largura de 3,60 m, que eram
antecedidas por uma rampa de 9 degraus.
No interior
elevado existem mais alguns degraus, onde está o altar.
Na superfície
das paredes estendem-se relevos decorativos – interno e externo.
Nas cenas de
profundidade, está nivelado por diferentes espessuras das figuras. Quatro
pilares coríntios em cada extremo e, mais quatro nas laterais das portas, estão
decorados no exterior.
Encontram-se
neste monumento motivos decorativos variados:
Arte Grega Clássica (no friso da procissão)
Arte Helenística (nos frescos e painéis)
Arte puramente romana (no friso do altar)
Este facto lhe dá um aspecto eclético e diferente de muitos monumentos
de sua época.
Figura 1 |
Os temas decorativos, se estendem desde o mito de Eneas até a familia
imperial, que no friso direito , caminha calmamente.
Figura 18
– Personificação de Roma
|
Roma - já quase totalmente perdida (figura 1) - ganha
forma humana, no lado secundario do monumento, no mesmo lado onde se encontra a
representação da Pax – (Ou Talles, como alguns afirmam) – (Figura 2).
Figura 2 |
A figura da Pax é uma das mais bem conservadas, sendo composta por
partes realçadas e outras menos destacadas, dando, assim, um melhor sentido de
profundidade na imagem.
Ali está representada uma figura maternal sentada, segurando duas
crianças.
Ao lado desta estão duas ninfas, de cada lado, também sentadas em símbolos
– Uma ave e um dragão ou serpente marinho (a) – que representam a terra e o
mar.
Também na
paisagem tem elementos alegóricos: a esquerda: fluvial, mostra um enóchoe que
verte agua; ao centro, onde a Pax está sentada em um rochedo, rodeada de flores
e animais está virada para a direita, onde tudo é marinho.
Tudo de
forma perfeitamente equilibrada, até o seu pormenor, como é o caso das crianças
que assentam simetricamente ao lado da personagem dominante – (figura 3).
figura 3 |
O nariz tem
uma pequena saliência no fim da testa, já com uma separação necessária ao
realismo da anatomia humana. Os lábios se mostram mais finos e o queixo,
seguindo o mesmo nível da linha do rosto, um pouco inclinado para frente.
O cabelo bem
demarcado, com os caracóis um tanto bagunçados por estar “mal preso”.
Do topo da
cabeça, desce um véu liso, com aspecto de ter peso, não havendo grandes pregas.
Sua roupa aparentando
ser de um tecido maleável, desenvolve pregas no contorno do corpo da mulher,
demarcando bem a posição descontraída como está sentada.
As duas crianças
mostram um movimento frenético mas suave que se entende pela contorção de seus
corpos, desproporcionalmente natural a uma criança.
Toda a cena
demonstra a serenidade e o ambiente de movimentos leves e descontraídos do
momento, tendo nela um simbolismo perfeito de que seu efeito politico e
propagandístico é notável – (como muitas das obras desta época) – com visível
laço entre Augusto e a deusa Pax, referindo o domínio romano na terra.
Uma Paz que
era consequência da prosperidade do Império, que o transforma no ideal da Idade
do Ouro contada por Ovídio.
(10) Época de Octávio Augusto, que conseguira a paz na
Gália e a prosperidade e esplendor no Império
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